Aos 19 anos – em uma festa – totalmente despretensiosa de encontrar alguém, eu comecei a dançar. Sem sombra de dúvidas, eras um galanteador de primeira – testando teu poder de sedução. E eu realmente não estava interessada em algo mais.
Depois de muita conversa, descobri que havíamos nascido no mesmo dia – mesmo ano. A história pareceu um conto de fadas e eu acabei me rendendo aos teus encantos.
Apesar de ter sido bom no momento, para mim não era mais do que isso e eu não criei expectativas – só troquei telefone por educação. Afinal, que mal faria?
Fui absolutamente surpreendida por um telefonema logo no dia seguinte, e no seguinte de novo. Tentei evitar o contato, porque realmente não mexesses comigo mais do que o suficiente para que eu alimentasse uma ilusão em torno das situações mágicas que me cercavam.
No entanto, após tanta resistência houve um envolvimento que eu nem sabia que poderia haver. O seu nome? Aaahhh... prefiro guardar para mim. E ficamos juntos durante 6 meses. Marcasses a minha vida, e escrever sobre isso me emociona até hoje.
Sabe um sonho de menina? aquele que parece perfeito? aquele que parece que não vai acabar? pois foi assim... maravilhoso enquanto durou e, surpreendentemente sofrido quando acabou.
Pois é, a resistente aqui, agora aprendia mais uma lição – a do sofrimento. E lembrar disso me faz reviver aquela angústia que me parecia momentânea, mas perdurou anos.
Era lindo nosso amor! e eu lastimava seu final e, ao mesmo tempo, pedia a Deus que te tirasse dos meus pensamentos com a mesma velocidade que estavas saindo da minha vida. Mas as coisas nem sempre são como a gente deseja.
Apareceu-me um outro “amor”. E eu escrevo sobre este – que durou aproximadamente 8 vezes mais tempo, remetendo sempre ao PRIMEIRO.
O novo amor? pois bem... era um rapaz bom. Nossa relação começou no susto e, apesar de tudo, foi duradoura enquanto tranqüila. O que eu precisava era te esquecer, apesar de dizerem que a gente nunca esquece o primeiro amor.
Eu vivia outro romance tentando resgatar o que de melhor tínhamos vivido. Vivia um na sombra do outro. E foi assim durante o meu primeiro ano de relacionamento – quando, em um lapso de lucidez, eu resolvi que deveria resgatar minha história e ser feliz ao lado de quem realmente me fazia feliz. Terminei o namoro para buscar minha vida – que tinha ficado para traz e a qual eu me arrependia de ter deixado escapar. E foi assim que – durante um ano solteira eu, literalmente, segui teus passos.
Desajeitada, eu não sabia se havia algo que pudesse ser feito para te ter novamente e me contentava em apenas te ver. Sofria por não me tratares da mesma forma de antes e também por eu não saber lidar comigo separada de ti. NÓS não existíamos mais. Agora éramos UM e OUTRO.
Coisas que eu nunca tive coragem de te dizer te fizeram nunca mais voltar a fazer parte da minha vida. Reatei o relacionamento antigo (fiz planos de casar-me). Mas eu não podia fazer isso em sã consciência. Não comigo!! e terminei novamente.
Como seria contigo? será que viveríamos felizes? eu não sabia, mas permanecia fazendo planos individuais. Talvez pudéssemos casar no mesmo dia do nosso aniversário. Talvez planejássemos um filho. Talvez morássemos na praia. Um monte de coisas idiotas com sentido emocional enorme.
Eu tinha vontade de te descobrir, te olhar, sentir teu cheiro, te ter uma única vez que fosse para descobrir se és, realmente o grande amor da minha vida, ou se todo esse sentimento não morreu apenas em função de teres sido o primeiro.